A nova era da lealdade: porque sua estratégia de experiência precisa mudar

A fidelidade do consumidor nunca esteve tão volátil.

Um estudo recente da consultoria Troiano Branding, divulgado pelo Valor Econômico, revelou que apenas 3% dos brasileiros mantêm hoje uma relação forte com alguma marca. Em 2000, esse número era quase o triplo.

Um exemplo mais claro. Há 25 anos, o envolvimento médio dos consumidores com marcas de cerveja era de 54,8 pontos. Agora, esse número caiu para 45,9.

Mas o alerta serve para todos os setores. Inclusive, e principalmente, para a indústria, que depende de um elo constante entre marca, distribuição e consumo.

O que está por trás dessa queda?

Segundo o estudo, o consumidor atual está:

  • Mais disperso e menos propenso a vínculos duradouros;
  • Exposto a uma enxurrada de estímulos e ofertas;
  • Saturado por canais, formatos e conteúdos fragmentados;
  • Cada vez mais exigente e criterioso.

A lealdade dos consumidores não é mais a mesma.
A lealdade dos consumidores não é mais a mesma.

A abundância de tecnologia, paradoxalmente, não facilitou o engajamento. Ela aumentou o ruído. A visibilidade, sozinha, deixou de funcionar.

A experiência do consumidor começa muito antes dele comprar

Muitas indústrias ainda acreditam que a jornada do cliente começa no varejo. Mas, na prática, ela começa na agilidade da cadeia comercial.

A cerveja é só um exemplo (e um alerta). O setor, altamente competitivo, com consumidores engajados e comunicação constante, sofreu uma queda de quase 9 pontos no envolvimento do público em 25 anos. Isso mostra que nem as marcas mais presentes estão imunes à dispersão do consumidor atual.

Apesar de ser um alerta para o mercado de alimentos e bebidas, outros setores também registraram queda no estudo, como:

  • Seguros: de 47,8 para 40,1
  • Ensino superior: de 49,4 para 39,4
  • Eletrodomésticos: de 50,2 para 40,6

Ou seja: a dificuldade em manter o cliente conectado e com lealdade é geral e crescente.

Aqui na Bendito, por exemplo, ajudamos indústrias a vender mais rápido, com menos atrito e mais controle, evitando rupturas de estoque e gargalos operacionais. Porque sabemos que:

  • Quando o produto demora, o consumidor troca.
  • Quando o pedido trava, o canal abandona.
  • Quando a informação falha, a concorrência ganha espaço.

Com automação de pedidos, e-commerce B2B e gestão inteligente da força de vendas, a indústria garante que seus produtos estejam sempre disponíveis para quem realmente importa: o consumidor final.

A nova lealdade exige nova mentalidade

A porta da preferência ainda está aberta. Mas ela é rotativa. O estudo deixa claro: o consumidor não é indiferente, apenas mais seletivo. Ele continua disposto à lealdade, mas só permanece com marcas que agregam valor constante.

Hoje, a experiência do consumidor não está só no uso do produto, mas também na fluidez da cadeia de abastecimento. A marca que falha nisso, desaparece, mesmo que tenha um bom produto e boa comunicação.

Eficiência é inegociável. E as indústrias que entenderem isso primeiro sairão na frente.

Fonte:
Valor Econômico (19/05/2025) – “Só 3% dos brasileiros têm relação forte com alguma marca”.

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